quarta-feira, fevereiro 16, 2005

Kinsey



A sociedade vive de uma concentração de restrições criadas para possibilitar uma convivência feliz entre os seres humanos. Isto passa pela ideia básica de limitar a liberdade singular em prol do bem colectivo, em campos divididos entre a lei e a moral.
A conduta a nível sexual é um ponto importante de definição da postura individual, tendo sido um dos mais controversos ao longo da história humana. O sexo é uma actividade natural motivada por instintos básicos e pode ser tratado com a ligeireza que isso implica. No entanto, é comummente aceite que o envolvimento físico pode originar laços sentimentais poderosos que degeneram em situações desesperantes, quando tratados incorrectamente... Em que ponto deve ficar a moral social? Repressiva e severa ou permissiva e benevolente?
Na minha opinião a postura sexual alheia não pode ser contestada. Devemos salvaguardar a liberdade sexual e sentimental de cada um, deixando espaço para uma exploração pessoal dos desejos físicos e emocionais. A repreensão face a opções como a multiplicidade de parceiros, a homossexualidade ou até mesmo a poligamia é uma postura demasiado autoritária e excede o papel moderador da moralidade comum. A regra básica das relações sexuais e amorosas, e a única que deve ser eternamente mantida, é a da necessidade do consentimento bilateral.
Eu defendo a união para a vida, física e emocional. Os outros que façam o que mais lhes aprouver, desde que actuem abertamente... Aviso-os apenas disto: o sexo é divertido, mas é demasiado importante nas relações amorosas para poder ser abordado de ânimo leve.

1 Comments:

At 12:57 da tarde, Blogger AnaP said...

Concordo com tudo o que dizes :-) Beijinhos e bom fim de semana!

 

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